domingo, 21 de agosto de 2011

O que restou de nós dois


As flores da cerejeira caíram
E o vento as levou para longe
Assim como o meu amor,
O amor que eu senti um dia por você.

Naquela tarde de inverno,
Minha mão, pálida e fria,
Agarrava-se a sua,
Na esperança de roubar-lhe o calor.

Eu fui uma criança,
Tão dependente de você,
E você, sempre tão dispersa,
Porém acolhedora,
Quem estará lá quando eu precisar?

Agora já não vejo mais
O seu rosto sorridente
Em meio aos meus sonhos,
Você não está mais em mim.

Pra onde foram os nossos sonhos?
Pra onde foram os nossos planos?

Você não passa de uma vaga lembrança,
Eu não passo de um rascunho de mim mesmo.