domingo, 23 de dezembro de 2007

O ano está acabando e as coisas ainda não melhoraram. Eu estou tentando...
Dá vontade de gritar, "Porra, seus merdas! Eu estou me esforçando, me ajudem, façam a sua parte!". É só isso que precisam fazer, não deve ser tão difícil. Mas não. Ninguém está interessado em mudar isso tudo. Seria muito mais fácil se todos estivessem de bem consigo e com os outros, mas nenhum dos lados quer dar o braço a torcer. E eu tô ali no meio. E isso fode comigo horrores.
Sinceramente, tenho vontade de gritar, de chorar muito, de acabar com tudo isso de uma vez. Mas isso nunca foi do meu feitio, não posso simplesmente desistir agora. Não quero ser um coitadinho, não quero ser um merda, não mais do que já sou. Quero ser alguém melhor.

Só queria terminar esse ano de merda em paz. Isso é pedir demais, meu Deus?!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Rascunho de Mim Mesmo


Você já se sentiu alguma vez como se fosse um rascunho de si mesmo? Como assim? Ah sei lá, não sei explicar, mas é assim que eu me senti durante boa parte desse ano de 2007.
Parece que não consegui ser eu mesmo em totalidade.
Não, não tô viajando. Não consegui muitas vezes agir como eu queria (ou deveria) e isso me frustrou muito.
Agora estamos no fim de 2007, vem aí 2008. Ano par, múltiplo de 4, meu número favorito. Isso me faz querer acreditar que será um bom ano. Tem que ser. Preciso me esforçar pra isso.
Acho que o grande problema se encontra no fato de, em 2007, eu ter esperado demais e feito de menos. Ficar esperando que as coisas aconteçam não é uma boa estratégia. Mas o grande problema é encontrar o ânimo necessário pra agir. E neste ano de 2007, aconteceram mais coisas pra me por pra baixo do que pra me animar. Espero que em 2008 seja diferente. E pra garantir, acho que é melhor começar com as mudanças agora mesmo.

Vou precisar de sorte...

terça-feira, 11 de dezembro de 2007



É incrível como as pessoas gostam de apontar os erros dos outros. Eu sei bem, fiz muito disso. É fácil falar quando não é com você.
Eu sei que não deveria nem pensar numa coisa dessas, mas o que eu posso fazer? Me faz sentir tão bem, a ponto de eu temer só de pensar em tentar tornar isto realidade, sendo que o risco de me decepcionar é MUITO grande. Prefiro viver num sonho. Mas a cada dia que passa sem que eu possa tornar isso realidade, é como se eu estivesse me decompondo.

Mas e se der certo?
Mas e se não der?
Mas e se der certo e se repetir tudo novamente?
Mas e se der certo e for a melhor coisa que irá acontecer na minha vida?

Nunca vou saber. A menos que eu tente. Hah! Que piada. Sou um covarde. Mas de certo modo, faz sentido ter toda essa cautela. Porque se eu quebrar a cara, a perda será muito grande.

Pensem o que quiserem de mim. Eu nunca disse que era perfeito.
Acho que eu já me machuquei demais. Está na hora de eu ter um pouco de felicidade nessa vida.

sábado, 17 de novembro de 2007





Quando a dor chegar,
Você vai estar lá para me amaparar?
Quando o fim chegar,
Você vai estar lá para me fazer adormecer?

sexta-feira, 19 de outubro de 2007



Um rabisco meu de uns dois anos atrás. Eu não costumo dizer isso mas, é um auto-retrato, não de como sou, mas de como eu gostaria de ser.
É engraçado como o tempo passa e isso nunca deixa de fazer sentido pra mim.
Tenho aula hoje de manhã e de tarde, mas acho que não vou não. Tô doente e, sinceramente, tô de saco cheio de estudar, estudar e parece que é tudo em vão. Tô cansado.
Queria ser rico, aí não ia fazer nada que eu não quisesse. E quem não quer?

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Removendo as teias de aranha

Pois é, depois de tanto tempo sem postar, resolvi remover as teias de aranha disso aqui.
Nesse fim de semana, como todo mundo sabe, ocorreu aqui em Porto Alegre o Anima Weekend, evento de anime/manga e tal.
De três dias de evento (sexta, sábado e domingo), fui em dois: sábado e domingo. Teve o show da Angel's Grave e da JUN, tavam fodas. Domingo teve o show do Wada Kouji, cantor dos temas de Digimon, foi muito foda, até tirei foto com ele e peguei um autógrafo =]
Mas apesar de tudo, não posso dizer que me diverti no evento. Pelo menos não como eu esperava/planejava. Poderia dizer que foi porque não tinha o que fazer no evento, poderia ficar falando mal e botando defeito em tudo, mas o único responsável por isso fui eu mesmo. Foi isso que conclui. A cada evento que passa, tenho dito a mim mesmo, "no próximo eu vou me divertir, vou aproveitar ao máximo, rever meus amigos e me divertir com eles e quem sabe até fazer cosplay", mas só estou mentindo pra mim mesmo. Isso nunca acontece. A verdade é que eu não sei como fazer isso. É como se não tivesse volta sabe? Mas, depois da AW, estou disposto a mudar isso. Sinceramente, cansei. Cansei mesmo. Cansei de ser o que sou, porque esse não sou eu. Não espero que ninguém entenda esse meu post, não é o objetivo. Só queria desabafar, e escrever, pra mim, é uma boa maneira de fazer isso sem ter que encher os ouvidos dos outros. Acho que já estão todos bem cansados disso, assim quero evitar.
Post análogo ao do fotolog, não por preguiça, mas é porque é isso o que eu tenho a dizer.

Eu iria por a foto do Wada Kouji aqui também, mas o blogger tá com um problema temporário e não pude upar a foto. Ora, foda-se.

Uma ótima semana a todos.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Rafa



- Vai ser dessa vez - sussurrou.
Contou até três, tomou ar, prendeu a respiração, e meteu a cabeça debaixo d'água. Passados vinte segundos, saltou para fora da água, sem fôlego, afirmando-se na lateral da banheira enquanto respirava rapidamente. Que fracasso, Kurt ficaria decepcionado.
Batidas na porta.
- Morreu aí dentro?! Não vai pra aula não?
- Já vou mãe.
Levantou-se, saiu da banheira e pegou a toalha. Enquanto secava os braços, parou para observar a cicatriz no pulso esquerdo. Marca de outro fracasso que não lhe abandonaria jamais. Havia tentado com faca de pão. Não tinha como, doía pra caramba.
Usava munhequeria pra disfarçar. Não gostava, mas era o jeito. Morria de medo que a mãe ou outro alguém descobrisse.
Vestiu-se e ficou diante do espelho, ajeitando a franja. Sentia falta do cabelo comprido, mas ela gostava mais assim. Era muito mais "rox", como ela mesma dizia.
Almoçou e calçou o all star novo que havia comprado no fim de semana e saiu.

(continua...)

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Houdini



Se houve alguém nesse mundo capaz de me entender, esse alguém foi Houdini. A sensação de estar algemado e de cabeça pra baixo num tanque d'água não é das mais agradáveis. A diferença é que ele sempre sabia como escapar. Eu não.
Mas a vida não poupa ninguém. Quem diria que, Houdini, o grande mágico, que tanto pôs sua vida em jogo, o homem da "incrível resistência toráxica", morreria por dois socos?

A vida é uma grande piada sem graça.

Now Loading...



As vezes, eu só queria poder "pausar". Só por um momento que fosse, pra poder respirar. Mas não dá. A vida não é um jogo de vídeo game.
A felicidade deveria ser vendida em injetáveis na farmácia. Ou ali mesmo na esquina, com aquele malandro com a cara amarrada. Eu não me importaria, não mesmo...

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Vocês são só minha imaginação.
Isso um dia vai passar.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

A Noite em que Eu Morri



Esta história que lhes conto não é ficção, aconteceu comigo há um ano atrás.
Era uma fria e tediosa noite de sábado, como todas as minhas noites de sábado costumavam ser. Estava eu sozinho em meu apartamento, sentado em minha poltrona, passeando pelos canais da televisão, enquanto acabava com minha última garrafa de uísque. Levei a mão ao maço de cigarros, na mesa ao lado da poltrona que, para meu azar, estava vazio. Não é novidade para os meus conhecidos que não vivo sem meus cigarros. Já era tarde, mas há uma loja de conveniência que funciona 24 horas próxima ao meu apartamento onde eu sempre faço essas minhas compras emergenciais.
Desliguei a televisão, peguei as chaves sobre a mesa ao lado da poltrona, meu chapéu e meu casaco no mancebo. Saí e tranquei a porta. O elevador já me esperava de portas abertas. Quem deve tê-lo chamado, não sei. Mas isso não era importante. Desci do elevador e segui pelo saguão, até a saída do prédio.
Na rua, estava mais frio que de costume. Eu particularmente não gosto do frio, mas também não suporto o calor. Aprecio o meio termo. Caminhei até a loja com uma certa pressa (tenho o costume de andar rapidamente pelas ruas, ainda mais numa hora daquelas).
Chegando na loja, apanhei logo uma garrafa de uísque (que por sinal havia subido o preço novamente) e me dirigi ao caixa para pagar e apanhar um maço de cigarros. Comprimentei Herbert (o caixa, já sou conhecido no local), paguei e apanhei as mercadorias que ele havia colocado em uma sacola. Em seguida deixei a loja.
Abri o maço, e acendi um cigarro. Dei uma tragada e expulsei a fumaça dos pulmões. Se há um motivo que me faria parar de fumar, esse seria a fumaça do cigarro. Às vezes tenho a impressão de que ela forma rostos. Rostos que sorriem para mim. Eles são assustadores.
Olhei no relógio, já era uma hora da madrugada. As ruas estavam estranhamente calmas para aquele horário. “Também, com esse frio”, pensei, e segui caminhando com passos rápidos, como sempre, em direção ao meu apartamento.
Chegando na porta do prédio levei a mão ao bolso para pegar as chaves e fui suprendido por um objeto encostado as minhas costas e pelo grito, que dizia “Me dá tudo o que tu tem, filho da puta!”. Eu, com o álcool na cabeça, não pensei duas vezes e virei-me rapidamente, quebrando a garrafa de uísque na cabeça do infeliz. Heheh... que falta de sorte a minha. O assaltante não estava sozinho; tinha um parceiro. Este, também munido de um facão (e onde andam as armas?), não pensou duas vezes: enterrou-a em meu abdômen, perfurando-o profundamente, e retirou-a em seguida fazendo um movimento para um dos lados, provocando um corte horizontal. Caí no chão e os dois fugiram, o outro ainda tonto pela garrafada que levara.
Estava eu caído no chão, quase que em posição fetal. Sentia um líquido quente subindo pela garganta e derramando pela boca. Era sangue. Levei as mãos ao estômago e sentia o sangue que saía e que espirrava a cada vez que eu tossia. Meus intestinos haviam saído para fora. Eu os segurava com as mãos e os pressionava contra a barriga, numa tentativa inútil de colocá-los em seu lugar.
A dor era indescritível. Sentia vontade de gritar, tamanha ela era, mas não conseguia. Apenas tossia, se afogando em meu próprio sangue, que saía abundantemente. Sentia sede, muita sede.
Eu sabia que não havia mais volta. Sabia que ninguém viria me socorrer e que, mesmo se viesse, seria inútil. Apenas aguardava a morte, mas parecia que até esta havia me abandonado.
Já não sentia mais dor, não sentia mais nada. Minha visão foi escurecendo aos poucos. Finalmente aquilo tudo estava chegando ao fim. Mas, quando pensava que estaria tudo acabado, tive uma surpresa. Um vulto vinha em minha direção, se aproximando cada vez mais. Era uma pessoa. Uma mulher. Ela se agachou, olhou em meus olhos e sorriu, estendendo a mão para mim. Estranhamente, consegui erguer minha mão, alcançando a dela. Ela me ajudou a levantar. Já não havia mais dor, não havia mais sofrimento. Ainda com sua mão junto da minha, caminhamos pela cidade, sem dizer nenhuma palavra. Palavras não precisam ser ditas quando se pode sentí-las.
E hoje, como havia dito, há praticamente um ano após o ocorrido, estou aqui lhes contando este fato. E que acreditem os que quiserem. Tudo o que aconteceu após o que lhes contei não merece atenção, já que não é nada que um homem que possua coração não tenha vivido. E aqui estou eu, sozinho, nesta noite fria e tediosa de sábado, como todas as minhas noites de sábado costumavam ser. É, bem sei. Chegou a hora de morrer mais uma vez.
Você não me vê.
Será que pode me ouvir?