domingo, 21 de agosto de 2011

O que restou de nós dois


As flores da cerejeira caíram
E o vento as levou para longe
Assim como o meu amor,
O amor que eu senti um dia por você.

Naquela tarde de inverno,
Minha mão, pálida e fria,
Agarrava-se a sua,
Na esperança de roubar-lhe o calor.

Eu fui uma criança,
Tão dependente de você,
E você, sempre tão dispersa,
Porém acolhedora,
Quem estará lá quando eu precisar?

Agora já não vejo mais
O seu rosto sorridente
Em meio aos meus sonhos,
Você não está mais em mim.

Pra onde foram os nossos sonhos?
Pra onde foram os nossos planos?

Você não passa de uma vaga lembrança,
Eu não passo de um rascunho de mim mesmo.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Da Incerteza dos Sentimentos

Nos lábios
Que não visitei
Repousa o doce sabor
Que jamais provarei

Nos braços
Em que não me aconcheguei
Mora o calor
Que jamais sentirei

Quando meus olhos
Arredios
Cruzaram com os teus,
Senti um arrepio
E a dor da certeza
Que dos teus beijos,
Dos teus abraços,
Senhor jamais serei.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Contemplo
Com admiração,
Tanto quanto posso,
Os olhos mudos
Que não dizem nada.

O coração,
Inimigo da razão,
A este ninguém cala.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Um intervalo sem fim
Entre você,
Em uma mesa qualquer,
Do outro lado do bar,
E mim.

Entre nós,
Uma tosca garrafa de gim.

sábado, 11 de junho de 2011

Haikai para o Dia dos Namorados





Folhas cadentes,
De rosa irão tingir,
Jovens amantes.

quinta-feira, 9 de junho de 2011




Palavras ditas em silêncio,
Nunca chegarão ao seu destino.
Palavras ditas ao pé do ouvido,
Tem destino certo rumo ao coração.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Cortando a linha do tempo,
Logo ali,
Entre o antes e o depois,
No meio disso,
Nós dois.