sexta-feira, 21 de julho de 2017

O que pode doer mais senão
A inexistência da reciprocidade?

Amar sem ser amado,
Sofrer por ser rejeitado,
Do coração não ser senhor,
E a mercê de seus caprichos
Perecer

A incerteza do retorno,
Quando se dá e nada se recebe,
A voz que grita e não encontra coro
Quando se sente mas não há sentido
Em um querer que não procede

Ah! Sofrimento,
De uma alma ímpar,
Que pena ao relento
A procura do seu par

De todas as perguntas
Que já foram feitas
Nem todas têm as repostas
Que se deseja,
E, a maior delas,
Segue a nos inquietar:
Por que se ama
Quem não nos pode amar?

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